Degeneração Cultural e Social

Ao longo de toda a minha trajetória até este ponto, a degeneração social e cultural já havia se disseminado por vários cantos sociais, inclusive em camadas consideradas intransponíveis, como igrejas e comunidades tradicionais. Com o passar das décadas, essa degeneração tornou-se ainda mais nociva e perigosa, talvez prevista hipoteticamente em um futuro próximo pelos mais analíticos, mas não levada a sério por praticamente ninguém. Se analisarmos como a história humana vem sendo conduzida ao longo dos anos até os dias de hoje, apesar dos avanços tecnológicos, levemente estamos decaindo para os níveis mais baixos. O grau de decadência vem aumentando com tamanha rapidez que até mesmo as crianças, sem perceberem essa degeneração, acabaram sendo envolvidas em um monstruoso e ardiloso esquema de imbecilização de suas mentes, principalmente no que diz respeito à sexualidade humana. 

  A questão sexual é altamente explorada como um recurso fundamental para tal degeneração. Desta maneira, as pessoas serão incapazes de pensar fora desse aspecto que as tornam vulneráveis, fazendo disso o único e fundamental sentido de suas vidas miseráveis. Nesse tipo de vulnerabilidade, a fraqueza é exposta, e sendo essa fraqueza exposta, torna-se explorada pelos mais espertos. Tudo começa por esse apelo maciço à liberdade sexual, em que não há amor a não ser diversão através do ato sexual e suas variáveis perversões altamente estimulantes. O indivíduo é estimulado feito um animal e degenerado para se tornar um idiota controlado pelo sistema. Controlado pela sua maior fraqueza é o caminho que muitos seguem.

   Fizemos algo de errado para que isso tenha sido desenvolvido e disseminado em todos os cantos de nossa sociedade moderna. Sendo bem sincero, fizemos tudo errado desde o começo. Mesmo em uma sociedade, cujas raízes possuem uma tradição cristã, tudo que era para ser belo, torno-se uma estética que só aparenta ser bela através de um verniz cristão que não muda o ser de absolutamente ninguém. Nos preocupamos excessivamente com a aparência mais bela, quando aquilo que está dentro permanece feio e miseravelmente podre. Sem o devido combate a essa aparência falsa que não influencia em nada, mas que esconde o verdadeiro "eu", essa degeneração cultural e social tomará cada vez mais força com o passar dos anos, influenciando diretamente a mentalidade mais jovem e precária de discernimento, criando novas padronizações humanas que serão manipuláveis, chegando ao ponto de priorizar o prazer como alívio para suas dores existenciais e uma suposta liberdade individual que termina em escravidão de si mesmo.

  Indagar esta realidade é entrar no submundo do próprio egoísmo, transformado em uma utopia que esconde as reais consequências dessa degeneração. Debaixo dos panos, nos bastidos, existe um vazio e o enxergamos empiricamente quando buscamos a verdade com honestidade, entendendo como as coisas são em suas naturezas. Isto é, sem dúvida, algo que deveríamos fazer a todo momente, em nos perguntar onde estamos errando. Ser honesto e buscar respostas, já é um passo fundamental, mas ainda não trará a solução final que precisamos para o nosso desespero, porque viver essa degeneração e não saber para onde ir, é um desespero. Percebo que os nossos problemas são bem antigos e não sabemos sequer por onde começar, porque, ao meu ver, não temos um referencial claro que podemos usar como um bom modelo a ser seguido. O que temos são apenas os piores exemplos que são seguidos e copiados. 

  O conhecimento da verdade conduz à liberdade. A verdade liberta o homem de qualquer forma de escravidão mental que conduz a qualquer tipo de degeneração. Resta saber se a nossa sociedade está pronta para encarar essa realidade, porque será cruel encarar o fato de que estamos perdidos em densas trevas, completamente degenerados e sem um rumo aparente. Também resta saber se a própria sociedade quer ser livre, porque, de tanto observarmos somente as sombras no lado de fora de nossas cavernas, nos contentamos com apenas o vislumbre de uma outra realidade aparentemente intransponível. Se contentar com uma vida medíocre, todos são capazes de fazer. Mas, devemos nos perguntar: será que é apenas isto que nos resta até a chegada do fim?

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